Previsão é de drástica diminuição dos pagamentos às entidades sindicais
O primeiro trimestre foi marcado por uma redução significativa da receita das entidades sindicais brasileiras. Ao contrário de países como a Argentina, o Ministério do Trabalho aponta que os sindicatos perderam 80% das arrecadações, comparado ao mesmo período em 2017. Conforme o Dieese, esta diminuição ocorre após a aprovação da reforma trabalhista, em novembro do ano passado.
Tais mudanças já em vigor fragilizam as entidades sindicais ao definir que a contribuição sindical passa a ser optativa, retirando o desconto obrigatório. O trabalhador que deseja contribuir deve fazer individualmente.
Para a Organização Internacional do Trabalho (OIT), esta medida pode ser considerada “antisindical”, uma vez que causa constrangimento ao trabalhador e retira da base da empresa quem decide ter vínculo com o sindicato.
Em Parobé, a arrecadação do Sindicato dos Sapateiros já recuou mais de 14% neste primeiro trimestre, o que pode comprometer os serviços oferecidos pela entidade. “O trabalhador precisa compreender que nós trabalhamos por seus direitos. Todo o trabalho oferecido pelo Sindicato tem como objetivo unicamente garantir os direitos da classe trabalhadora”, enfatiza o presidente João Pires.
Entre os serviços oferecidos aos associados, estão exames laboratoriais, consultas com médicos especialistas e clínicos geral, além do atendimento jurídico para causas previdenciárias, cíveis e trabalhistas. O Sindicato também acompanha as homologações de rescisões e atua junto na busca por mais postos de trabalho no município. “A diminuição das contribuições colocam em risco todos estes serviços oferecidos há mais de 30 anos aos trabalhadores parobeenses. O trabalhador precisa ter a clareza de que somos o escudo para protegê-lo”, salienta Pires.
Crédito: Sindicato dos Sapateiros de Parobé/Divulgação