As Centrais Sindicais entregaram no Palácio Piratini, a pauta de reivindicações dos trabalhadores gaúchos para reajuste do salário Mínimo Regional para 2021. O documento elaborado pelas centrais, com a assessoria do DIEESE, fundamenta um pedido de reajuste de 13,79%, ou 1,28 salários mínimos, valor embrionário do Mínimo Regional.
O Sindicato dos Sapateiros de Parobé esteve mais uma vez presente nesta mobilização, através do presidente João Pires, que também está à frente da FETICVERGS e secretário da CNTI. É inadmissível que os Deputados Estaduais e o Governador do estado tenham zerado o reajuste do Mínimo em 2020, enquanto tivemos um aumento da cesta básica no período de 21,6%, chegando em dezembro ao valor de R$615,66.
Outro fato relevante, segundo Vidor, é que estados vizinhos como SC e PR, concederam, neste período, reajustes de 10,62% e 12,29% respectivamente, e fecharam o ano com saldo positivo na geração de empregos de 67.134 em SC e 61.586 no PR, enquanto o RS que deu reajuste zero, fechou com saldo negativo de 19.532 vagas, demonstrando desta forma que o Mínimo não é o vilão do desemprego, conforme argumentam setores empresariais.
Vale lembrar que o piso atende hoje mais de 1,3 milhões de trabalhadores e trabalhadoras gaúchos, os que menos ganham e não possuem representação sindical ou integram categorias com menor poder de negociação, precisando do estado como instrumento de busca do equilíbrio social, da distribuição de renda e das condições mínimas de sobrevivência.
As centrais sindicais, após a entrega oficial, pretendem fazer uma ampla campanha de divulgação da pauta e da importância do governador Eduardo Leite encaminhar à Assembleia Legislativa um projeto que garanta, além da inflação do último ano, o reajuste negado em 2020 e as perdas sofridas no último período.