Foi assinada na tarde de quarta-feira (02) a convenção coletiva dos trabalhadores do setor calçadista de Parobé. Em 2020, esta conquista ganha ainda mais importância em decorrência da pandemia do coronavírus.
Diante das medidas de distanciamento social, o Sindicato dos Sapateiros atuou fortemente na representação dos trabalhadores, acompanhando assembleias e decisões importantes que afetaram a rotina de quem atua no setor calçadista.
Porém, é a convenção coletiva que representa a manutenção dos direitos já conquistados. Após a reforma trabalhista, esta negociação prevalece sobre a lei quando em diversos assuntos importantes como jornada de trabalho, banco de horas, remuneração, entre outros. Por isso, o compromisso com a valorização dos trabalhadores é sempre uma prioridade, e neste ano não foi diferente.
Em uma análise do cenário de negociação neste ano, o presidente do sindicato João Pires, avalia como positiva. “Nós estamos sempre comprometidos com cada trabalhadora e trabalhador. Mesmo em uma situação delicada, entendemos que não poderíamos deixar de reivindicar um aumento para a categoria”, destaca.
Pires também analisa que a entidade conseguiu vetar pedidos da representação do patronal que poderiam prejudicar os trabalhadores. “Esta não é uma conquista da diretoria do sindicato, mas sim do coletivo. Nós queremos que os empregos sejam mantido, mas que os trabalhadores não tenham seus salários congelados”, avalia.
Com a assinatura da convenção coletiva, os trabalhadores de Parobé devem receber um aumento de 2,69%, percentual (valor da inflação do período), além de um reajuste de 5% no valor do auxílio creche. Todas as cláusulas do ano anterior foram renegociadas, o que garante a manutenção de determinações importantes como a troca de feriados e a compensação de horas para o sábado de descanso.