Entidade busca informações com os trabalhadores
Devido às consequências da greve dos caminhoneiros e manifestações que impedem o transporte de cargas no Brasil nesta semana, o Sindicato dos Sapateiros de Parobé acompanha de perto a situação das empresas do setor calçadista do município.
Já na manhã desta quarta-feira, dia 30, a entidade recebeu a informação que trabalhadores de algumas fábricas haviam sido dispensados da produção de algumas das principais empresas devido a falta de matéria prima.
Ao procurar os empresários, o presidente do Sindicato, João Pires, foi informado de que não houve a dispensa dos funcionários. Porém, já na manhã de hoje a situação era diferente. “Ao que parece um grande número de pessoas foram dispensadas sim. Procurei uma das empresas e fiz um apelo, onde uma das sócias me informou que isto não aconteceria e que inclusive, estavam confeccionando material próprio, o que não se concretizou na manhã de hoje”, explica Pires.
Tal situação abre precedente para uma denúncia ao Ministério do Trabalho, já que a medida só pode ser realizada em concordância com os funcionários em conjunto com o Sindicato dos Sapateiros.
“Sempre procuramos ter um diálogo com os empregadores sem que haja qualquer tipo de conflito. Mas situações como esta nos obrigam a tomar medidas em defesa dos trabalhadores, pois é preciso que estas medidas sejam feitas em concordância com as leis”, destaca o presidente. Além disso, Pires salienta que é importante a denúncia da categoria diante de qualquer irregularidade.
A Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados) divulgou na tarde de ontem (29) um comunicado informando que aproximadamente 70% da produção anual do setor calçadista foi atingida com a falta de matéria prima. O texto também informou que, caso não haja o reabastecimento de insumos, cerca de 84% das empresas serão obrigadas a suspender as atividades de manufatura já nesta sexta-feira, dia 1º.
Créditos: Sindicato dos Sapateiros/Divulgação