O que preocupa também a situação é a mão de obra terceirizada, já que na cidade de Parobé, muitas famílias tem o sustento através de atelieres calçadistas. “Apesar da empresa não ter encerrado suas atividades, grande parte da produção não existe mais. Agora temos que nos planejar e garantir que essas pessoas terão seus direitos assegurados. Estamos tentando contato com a Crysalis, pois queremos saber qual é o futuro dos trabalhadores que ainda continuam na empresa” explicou o presidente.
A empresa Crysalis emprega diversos trabalhadores na região do Paranhana, além de Parobé também atua no município de Igrejinha. A situação se agrava, pois a empresa pediu concordata, e demissões em massas ainda podem ocorrer. “Esperamos que a Crysalis consiga reverter essa situação. Nossa preocupação com os trabalhadores não diminuiu, vamos fazer de tudo para que não haja atraso de salários, e caso demissões ocorram, vamos cuidar para que os direitos trabalhistas sejam assegurados” afirmou Pires.
Todos os funcionários,sócios do Sindicato de Parobé, que foram dispensados pela Crysalis tem a disposição todos os serviços da instituição, incluindo advogados, que trabalham para que seus direitos sejam assegurados. Apesar das demissões, o segundo semestre deve ter melhor resultado na indústria calçadista. As exportações apontam forte crescimento, gerando assim empregos para a região. “Conforme estamos conversando com as empresas, as exportações são a grande aposta de negócio para a segunda metade deste ano. Esperamos que as pessoas que perderam seu emprego possam logo voltar ao mercado de trabalho, e com isso freando as demissões” declarou Pires.