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Exportações calçadistas aumentam em abril

Setor se recupera com a alta do dólar, RS continua sendo o maior exportador do país

Após três meses de queda consecutiva, as exportações de calçadistas brasileiras estão se recuperando. A alta do dólar já mostra seus efeitos nos embarques feitos nos últimos meses. Em abril os calçadistas exportaram 8,4 milhões de pares por U$69 milhões, números superiores tanto em pares, quanto em valores, se comparado com o período do ano passado.

Os quatros primeiros meses do ano somam 40,26 milhões de pares exportados, gerando uma arrecadação de US$ 295,83 milhões, resultado 2,7% superior em pares.

O principal exportador de calçados do Brasil segue sendo o Rio Grande do Sul, aonde partiu mais de 36% do total gerado em embarques no quadrimestre. Entre janeiro e abril, o estado embarcou  8,7 milhões de pares por US$ 127,33 milhões, número 48,2% superior em pares e 13% maior em receita na relação com igual período do ano passado. O Ceará foi o segundo exportador do período, respondendo por 27% do total gerado no período, e São Paulo respondeu por quase 14%.

O vale do Paranhana continua sendo polo industrial calçadista do estado. O presidente dos Sindicato dos Sapateiros de Parobé, João Pires, lembrou da importância que as exportações tem para a geração de empregos. ” O que está equilibrando os empregos na categoria calçadistas são as exportações, aonde muitas empresas estão conseguindo produzir mais” destacou. Segundo o presidente, muitas empresas na região do Paranhana ainda não têm como o carro chefe as exportações, mas qualquer crescimento no setor reflete seu lado positivo.

O presidente-executivo da Associação Brasileira das Indústrias de Calçados (Abicalçados), Heitor Klein, ressalta que crescimento nos embarques em relação a abril/15 pode indicar a retomada dos embarques. “Esperávamos uma recuperação já no início do ano, mas os problemas econômicos e políticos do Brasil atrasaram esse momento”, comenta o executivo. Segundo ele, a oscilação do câmbio, provocada pelas incertezas no contexto político e econômico nacional, tem freado o ímpeto das exportações. “Esperamos, com uma definição da questão política, uma estabilização do câmbio, o que poderia dar mais consistência  para uma recuperação dos embarques ao longo de 2016”, projeta Klein.

O dólar em patamares mais elevados também tem influenciado as importações. Entre janeiro e abril, entraram no País 9,53 milhões de pares, pelos quais foram pagos US$ 120,25 milhões. Os principais destinos foram Vietnã Indonésia e China.

 

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